terça-feira, 24 de novembro de 2009

POEMA

"No teu poema existe um verso em branco e sem medida,
um corpo que respira, um céu aberto, janela debruçada para a vida.


No teu poema existe a dor calada lá no fundo,
o passo da coragem em casa escura e, aberta, uma varanda para o mundo.


Existe a noite, o riso e a voz refeita à luz do dia, (...) e o cansaço do corpo que adormece em cama fria.

Existe um rio, a sina de quem nasce fraco ou forte, o risco, a raiva e a luta de quem cai ou que resiste, que vence ou adormece antes da morte.

No teu poema existe o grito e o eco da metralha,
a dor que sei de cor mas não recito e os sonhos inquietos de quem falha.


(...) Existe um rio, a sina de quem nasce fraco ou forte, o risco, a raiva e a luta de quem cai ou que resiste, que vence ou adormece antes da morte.

No teu poema existe a esperança acesa atrás do muro, existe tudo o mais que ainda escapa e um verso em branco à espera de futuro... "


AM

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