quinta-feira, 28 de junho de 2012

Alguém disse


“Tomara que os olhos de inverno das circunstâncias mais dolorosas não sejam capazes de encobrir por muito tempo os nossos olhos de sol. Que todas as vezes que o nosso coração ficar muito frio, e a respiração ficar áspera demais, nós possamos descobrir maneiras para cuidar dele com o carinho todo que ele merece. Que lá no fundo mais fundo do mais fundo abismo nos reste sempre uma brecha qualquer, ínfima, tímida, para ver também um bocadinho de céu. (...) Que o medo exista, porque ele existe, mas que não tenha tamanho para ceifar o nosso amor. Tomara que nós não desistamos de ser quem somos por nada nem ninguém deste mundo. Que nós reconheçamos o poder do outro sem esquecer do nosso. Que as mentiras alheias não confundam as nossas verdades, mesmo que as mentiras e as verdades não sejam permanentes. (...) Que, mesmo quando estiver a doer, não percamos de vista nem de sonho a ideia da alegria. Tomara que apesar dos apesares todos, dos pesares todos, nós continuemos a ter valentia suficiente para não deixar de se sentir feliz. Tomara.”

Ana Jácomo

1 comentário:

J disse...

Não conhecia e amei!