domingo, 3 de junho de 2012
Tirania da normalidade
Sabes, às vezes reclamas da tua vida por nada. Porque estás frustrada com ela ou simplesmente porque não tens o que gostavas de ter. O que gostavas de ser. Às vezes cansas-te dela e da forma monótona que a tens tornado nos últimos meses. Mas nem pensas que por muito aborrecida que seja, pode sempre piorar. Mas não, tu nunca pensas-te nisso, nunca te importas-te com essa possibilidade (certeza)... até hoje. Até agora. A tua vida mudou totalmente de forma tão brusca e acelerada que quase não tiveste tempo para agir (reagir). Numa semana as certezas do passado passaram a dúvidas do futuro... e tu não estavas preparada. Tens medo, muito medo. Medo de não aguentares, de não saberes a até mesmo de não conseguires suportar. Medo de não seres suficientemente capaz de seguir, só isso... seguir. Sem falsas modéstias ou atitudes insensatas. Sem moralismos ou crises de quem já pôde fazer (e fez) o que agora quer e não pode. Não podes. Não podes porque não depende só de ti, depende deles, agora que dependem de ti. tanto. E tu tens medo, tens muito medo de não ser capaz. De não conseguir. De não mostrar que a vida segue, mesmo sabendo que no meio vais encontrar um sem número de paragens, paragens perigosas e sentidos, sentidos que te vão mudar. Tanto. Que te vão mudar daquilo que és hoje. Daquilo que imaginavas ser amanhã. E daquilo que realmente vais ser.
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